SUPERANDO O LÚPUS
O Lúpus, por ser uma doença rara e complexa ganhou um dia no ano (10 de maio), para discussões acerca da importância do tratamento, seus sintomas e profilaxias.
A doença que acomete na grande maioria pessoas do sexo feminino por ter a ver com a produção de estrógeno ( hormônio
feminino), passa a ter mais importância nas redes de saúde públicas e privadas. Essa enfermidade necessita de acompanhamento de profissionais de várias especialidades, como: cardiologistas, neurologistas,
dermatologistas, nefrologistas, reumatologistas, e outros. É uma doença autoimune
provocada por um desequilíbrio do sistema imunológico, fazendo com que as
defesas do organismo que funcionam justamente
para protegê-lo, faça exatamente o contrário, atacando-o, facilitando
assim as agressões externas, como vírus, bactérias e outros agentes, causando danos aos principais órgãos: rins,
coração, pele, fígado, pulmão, e o sistema
central.
É uma enfermidade de difícil
diagnóstico, porque é sempre confundido com outras doenças, porém, os médicos
atualmente já estão mais familiarizados com as queixas dos primeiros sintomas.
Algum tempo atrás, o lúpus era dado como uma sentença de morte, e o diagnostico era que o
portador não viveria mais que cinco anos.
Hoje a realidade é outra, graças ao avanço da medicina, o paciente diagnosticado
previamente, tendo a doença controlada, passa a ter quase que as mesmas chances
de uma pessoa que não tem, isso
obedecendo as regras impostas pelos
médicos que lhes assistem, assim como o
uso de algumas medicações que possivelmente serão usadas por toda a vida.
No Hospital das Clínicas de Recife, o
setor de reumatologia, tem o dia específico para o atendimento à pacientes com a enfermidade, sempre às quintas-feiras, no horário da tarde. Segundo o médico e professor da Universidade de Pernambuco Fernando Cavalcanti, os reumatologistas geralmente conseguem chegar mais rapidamente a conclusão do diagnóstico. "É que um dos sintomas mais contundentes são as dores na articulação", explicou.
O especialista, diz ainda que no início
tudo é muito traumático, mas quando a paciente vai entendendo como as coisas
funcionam e começam a reagir bem aos medicamentos, fica mais fácil. Não existe
uma procedência concreta dessa doença que pode ser de origem psicossomática,
hereditária, ou a pessoa é puramente predisposta a essa imunossupressão.
Em Recife foi criado no dia 05 de
fevereiro de 2011 o NÚCLEO PERNAMBUCANO DA ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA SUPERANDO O
LÚPUS que tem sua sede em São Paulo. A
presidente do núcleo é a enfermeira Edinalva Calé, que também é portadora da
enfermidade há seis anos, e se interessou em buscar respaldo não só para ela
como também para outras pessoas que sofrem desse mal. “Sabe-se que existem
algumas associações espalhadas pelo Brasil,
menos em /Recife, e aí ela pensou: “por que não aqui?” relembra a
enfermeira.
“Quando soube que estava com essa
doença, eu não sabia o que era, daí entrei na internet para saber mais sobre o
assunto” diz Edinalva Calé, e continua: “ vi que tinha associações em outros
estados para dar apoio aos portadores de lúpus e resolvi trazer para cá através
de meus conhecimentos com pessoas que conhecem a sede que fica em São Paulo ”, completou. O
núcleo está aqui em Recife há três meses
e já tem 112 pessoas portadoras da doença cadastradas.
A intenção de Edinalva Calé, é a
busca de direitos através de uma política educativa, e leis governamentais que
trate de apoios financeiros como a
aposentadoria e alguns outros medicamentos de alto custo que não são dispostos
nas farmácias do estado, como no caso do
protetor solar que para os portadores de lúpus é mais um item obrigatório para
ser usado, e não um cosmético.
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